No âmbito do Concurso Nacional do Parlamento dos Jovens, nos dias 6 e 7 de março, os alunos Sara Pinto, Lucas Ramos e Martim Guimarães, deputados eleitos pelo Ensino Básico (8ºC) e Mariana Aires, Lara Gomes e Rodrigo Frias, deputados do Ensino Secundário e André Aires, presidente da Mesa do debate distrital, eleito no dia 15 de fevereiro, entre 27 candidatos para o efeito. Um orgulho para o Agrupamento.
O tema este ano era a “Saúde mental, que desafios?que respostas?”. A Escola é o lugar para aprender e desenvolver competências, importarão as emoções? A empatia? Os afetos? Num mundo em constante movimento, cada vez mais global, as redes sociais dominam o nosso dia-a-dia, as nossas relações, o que é valorizado é parecer sempre perfeito, realizado e feliz, mesmo que essa, não seja a realidade.
Consideramos que o nosso sucesso escolar não será relevante no nosso percurso, se não soubermos agir quando os obstáculos, as tristezas, as frustrações surgirem no nosso caminho.
O papel da Escola é formar cidadãos livres, criativos, competentes e autónomos, capazes de enfrentar os desafios da sociedade do século XXI. Um século cada vez mais preocupante. O futuro parece-nos cada vez mais incerto, mais nebuloso. Como se vê no aumento significativo da depressão nos jovens, que têm uma vida pela frente, mas vivem presos à ansiedade, ao stress, à pressão. A saúde mental dos adolescentes e jovens adultos vive a reboque da inexistência de um futuro promissor e a fatura já se começa a pagar: quase um quarto dos portugueses entre os 15 e os 34 anos já pensou ou tentou suicidar-se e 26% já tomou medicamentos para a ansiedade. É primordial estarmos atentos aos sinais de alerta.
Assim, urge fazer da Escola um lugar feliz, um lugar seguro, onde nos sintamos felizes sendo importante pensar a saúde mental e agir.
Depois dos vários debates e análise de medidas a propor para o Parlamento, na sessão do Ensino Básico, os deputados apresentaram e defenderam acerrimamente as seguintes medidas:
Primeira Medida – criação de um e-mail “precisodeajuda@nomedaescola.pt, que permita a um aluno que não se sinta feliz ou tenha um problema que o esteja a afetar, pedir ajuda.
Segunda Medida – realização de várias sessões ao longo do ano, sobre saúde mental, realizadas por pedopsiquiatras e psicólogos da escola, para desmistificar o assunto, deixando de ser tabu e esclarecer sinais de alerta.
Terceira Medida – promoção de momentos de felicidade, de sorrisos e abraços, assim sugerimos como terceira medida, que seja criado um tempo de “Aqui sou Feliz” onde os alunos possam interagir entre si, promover momentos de descontração, de desabafos e até de abraços.
No entanto, não conseguiram ser eleitos para a sessão nacional, mas é certo que serão deputados no próximo ano, uma vez que esta primeira participação deixou a semente para o próximo ano. Muitos parabéns aos três.
As medidas apresentadas pelos deputados do Ensino Secundário, depois de esmiuçadas todas as medidas propostas pelas várias escolas, de uma análise atenta aos pormenores e às semelhança, foram:
Primeira Medida – criação de um Gabinete do Aluno composto por alunos do décimo segundo ano, voluntários, previamente esclarecidos e sensibilizados para a saúde mental, no sentido de saber ouvir colegas que se sintam infelizes, isolados ou rejeitados na escola e apontar caminhos.
Segunda Medida – A segunda medida aponta para a realização de várias sessões ao longo do ano, sobre saúde mental, realizadas por pedopsiquiatras e psicólogos da escola, para desmistificar o assunto, deixando de ser tabu e esclarecer sinais de alerta.
Terceira Medida – Que todos os delegados e subdelegados alertem o Diretor de Turma a qualquer momento que verifiquem o isolamento de um colega ou uma mudança de humor, para que seja desencadeado, de forma célere, o processo de verificação do estado do aluno.
Apesar da prestação brilhante dos nossos alunos, como poderão ver no vídeo, por um voto, não conseguiram passar à fase nacional. Um voto. Como em qualquer jogo vence quem marca, este ano, ficamos pelo caminho, mas não desiludidos, os alunos certos das suas convicções e do seu desempenho, regressaram satisfeitos e com o dever cumprido. Cada missão é uma lição, esta foi mais uma.
Para o Agrupamento resta a certeza de um desempenho de excelência que deixa marcas e a certeza, de que no próximo ano, lá estarão firmes a defender os valores de cidadania pretendidos por este concurso.
Muitos parabéns a todos.